quarta-feira, 23 de setembro de 2015

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Pessoal,
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sábado, 19 de setembro de 2015

Descontos Natura

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domingo, 13 de setembro de 2015

Livro Série


Bom dia Pessoal,
Na correria de todo dia, ando sem tempo para escrever. Me desculpem,
Mas aqui está, um novo capítulo para vocês...




Capítulo 7 - Se entregando ao amor

Ele me olhou com ternura e apenas sorriu. Ele havia sido tão companheiro hoje, estando ao meu lado o tempo todo. Tomando as decisões necessárias. Eu não conseguia me imaginar passando por tudo aquilo sem ele do meu lado. Eu sentia em meu coração como se ele realmente fosse meu namorado. E, acima de tudo, eu queria isso mais do que tudo. Mas com certeza eu iria fazer um charme antes.
Tomei meu banho com calma, a água quente pereceu levar embora toda a aflição que eu estava guardando. Lembrei de cada palavra que o pai do Daniel falou, na forma fria como a mãe dele me tratou e principalmente que a raiva que os dois sentiam da minha mãe e a reação deles ao saberem que ela estava morta. A expressão deles beirava o alívio.
Com certeza tinha muita coisa que eu precisaria entender em tudo isso. Eu que tinha vindo para o Rio para ir atrás do passado na minha mãe, no momento em que eu menos estava pensando nisso. O passado dela veio até mim. Mas eu não queria pensar em nada disso agora. Eu queria pensar no Daniel, queria estar com ele.  Eu ainda não entendia o que era, mas sabia que havia nascido dentro de mim um sentimento diferente em relação a ele.
Terminei meu banho e comecei a me arrumar. Olhei no relógio, já eram oito horas. “Como a hora passou rápido. ” Pensei. Eu queria estar linda, queria que o Daniel me achasse linda. Coloquei um short branco com uma camisa azul e uma maquiagem bem levinha. Cheguei na sala e percebi que o Daniel estava conversando com alguém no celular. Ele parecia bem irritado. Encostei na parede e fiquei olhando para ele. Como era bom olhar para ele. Ele então percebeu minha presença e levantou os olhos do celular e me olhou.
- Uau! – Disse ele enquanto guardava o celular no bolso.
- Obrigada. – Eu disse sorrindo. Então caminhei para perto dele.
Ele me abraçou pela cintura e cheirou meus cabelos. Eu não queria que aquilo parasse nunca, não queria me afastar dele. Pelo contrário. Queria que ele me beijasse. Eu não teria força para resistir àquilo. Mesmo sabendo que eu tinha que repreendê-lo por espalhar nosso namoro, antes dele acontecer. Nesse momento o celular dele tocou novamente. Ele tirou o celular do bolso, olhou a mensagem e desligou o celular. De relance eu vi o nome da Carol escrito na tela, isso me trouxe de volta para a realidade. Afastei as mãos dele da minha cintura delicadamente, e caminhei para a varanda, me sentando em uma das espreguiçadeiras do deck molhado na piscina. Fiz sinal para que ele se sentasse na espreguiçadeira ao lado e ele obedeceu.
A noite estava maravilhosa. Ele sentou na minha frente, e a beleza dele sob a lua era algo praticamente irresistível. Resolvi começar, antes que eu perdesse a coragem, e a vontade de falar.
- Daniel, primeiramente quero te agradecer por tudo que você fez por mim hoje. Eu sinceramente não sei como eu teria enfrentado tudo que aconteceu sem você do meu lado.
- Mel, eu não fiz mais do que a minha obrigação. Meu pai foi injusto e cruel. Eu teria feito isso por qualquer pessoa. O fato de eu te amar, só fez com que eu fizesse com mais vontade. A gente sente uma necessidade inexplicável de proteger quem a gente ama.
- Daniel, quem era no celular? Por favor não minta.
- Como assim?
- As mensagens Daniel, eu percebi que você estava conversando com alguém. Ou melhor discutindo.
- Não era nada demais, era a Carol. Ela só quer saber como você está. Ei você ainda não comprou um celular é?
- Não, ainda não vi necessidade. Mas na minha casa tem telefone, ela podia ter ligado para cá.
- Desculpa, eu disse que você estava no hospital. E que não sabia que horas teria alta. Que estava tomando soro, porque tinha desmaiado. Desculpe.
- Nossa, obrigada. De verdade. Você foi um gênio. Mas por que ela está te perturbando tanto que está te deixando tão irritado?
Ele olhou para baixo, respirou findo e então disse.
- Me desculpa, eu acho que acabei com a amizade de vocês. Quando eu vim aqui para pedir para o pessoal ir embora, a Carol pediu para eu levar ela para casa. Eu disse que não podia, porque eu tinha que ficar com você, só que ela não gostou nem um pouco. E agora, ela veio me cobrar satisfação. Desculpa Mel, eu não aguentei. Você quer ler? – Perguntou ele ligando o celular.
- É tão ruim assim? – Perguntei com receio. Ele fez que sim com a cabeça e me passou o celular.
“Oi, como está a princesa? ”
“Melhor graças a Deus, está indo para casa. ”
“Ótimo, larga ela lá e vem aqui para a gente conversar. ”
“Carol, não temos nada para conversar. ”
“ Claro que temos, você me largou para ir dar uma de enfermeiro dessa aí. O Mínimo que você me deve é um pedido de desculpas. ”
“ Carol, me desculpa. Eu tentei de tudo deixar as coisas claras para você sem te magoar, mas não vai ter outro jeito. Eu gosto de você apenas como amiga. Não te vejo de outra forma. Desculpe se eu passei a impressão errada quando fiquei com você, mas eu realmente não tenho outro sentimento por você a não ser de uma grande amizade. “
“ Ah Daniel, não vai me dizer que você está pegando a Melissa. Pelo amor de Deus, você não pode ver uma mulher mesmo heim. Depois você vai iludir a garota, e quem vai ter que consolar ainda vai ser eu. Bom você pode pegar a piranha que quiser, que no final você sempre volta para mim. “
“ Carol, acho que você ainda não entendeu. Eu não estou pegando a Melissa. Eu a amo. E acho que se você realmente quiser continuar sendo minha amiga, você medir suas palavras quando for falar dela. Por que se Deus quiser eu ainda vou conseguir fazer essa garota aceitar ser minha namorada, e ela vai estar presente na minha vida para sempre. “
“ Como assim Daniel, você conheceu essa garota ontem e já está falando que ama. Só pode ser uma piada né.
-Daniel, me responde.
- Não vai me responder é?
- Pois espera para você ver, ninguém me faz de boba não Daniel. Você vai me pagar, vocês dois”



Eu estava em choque. Realmente eu não sabia se a Carol era muito falsa ou muito louca. A forma como ela falou de mim, aquelas mensagens além de decepção me fizeram enxergar a realidade. Ela nunca foi minha amiga de verdade.
- Desculpe. – Disse ele novamente quando devolvi o celular.

- Deixa para lá. – Respondi. – Pelo visto não valia a pena.


sábado, 5 de setembro de 2015

Livro Série

Boa noite queridos!!!!
Como prometido, mesmo que com atraso, aqui está. Mais um capítulo do nosso livro série. Divirtam-se!!!!!!!!





Capítulo 6 - Primeiro encontro

- Pai, escuta bem. Eu amo essa garota, e não vou admitir que você fale assim dela nem de qualquer membro da família dela. Está entendendo pai, pare com isso já.
- Cadê a sua mãe garota, ela veio destruir o resto da família? Está usando você para seduzir meu filho, é isso? Pois saiba que eu não vou deixar. Você pode dizer para ela, que dessa vez eu vou defender minha família, e que eu não vou cair no joguinho dela novamente. Pode falar para aquela vadia que ...
- Minha mãe está morta! Eu não sei do que o senhor a está acusando, nem o que aconteceu entre vocês para deixar o senhor com tanta raiva assim. Mas por favor senhor, pare de falar dela assim, eu não estou mais aguentando ouvir isso. – Isso foi tudo que eu reuni forças para falar antes de cair em um choro compulsivo. O homem pareceu atordoado, virou as costas e saiu caminhando pelo estacionamento.
O Daniel ficou ali abraçado comigo por bastante tempo, enquanto eu chorava. A dor que eu sentia em meu peito de ouvir aquelas palavras, era tanta que parecia que meu peito ia explodir. Ele levantou meu rosto delicadamente, e me perguntou se eu conseguia andar. Respondi que sim, e ele me conduziu novamente para o elevador. Sempre me abraçando e me consolando. Já no elevador eu olhei para ele por fim.
- Eu não sei do que ele estava falando. – Eu disse soluçando.
- Eu sei que não. – Disse ele beijando meus lábios e me abraçando.
Quando o elevador parou olhei para frente e percebi que não estávamos no meu andar. Olhei no visor e estava marcando 18º andar. Não era possível, o Daniel só podia estar de brincadeira. Nosso prédio era de um apartamento por andar, então eu sabia o que ele pretendia antes mesmo de ele falar.
- Ah não, Daniel.
- Mel, meu pai saiu, nós vimos isso. Então fica tranquila.
Ele abriu a porta e me conduziu até a sala, abraçado comigo. Nesse momento estrou uma mulher na sala, ela era uma senhora de uns quarenta e poucos anos, muito bonita e muito bem arrumada. Tinha o cabelo castanho na altura dos ombros, impecável. Parecia ter saído de uma revista.
- Dani é você? Seu pai saiu para encontrar os amigos, pensei que fosse passar a noite sozinha... – Só então ela percebeu que eu estava ali, então seu semblante mudou. Pensei que ela fosse voar no meu pescoço ali mesmo. – O que “ela” está fazendo aqui? – Disse ela quase gritando. Então de repente, ela pareceu cair em si e falou em um tom mais ameno. – Daniel, quem é essa garota?
- Mãe, essa é minha namorada, Melissa. Ela está um pouco atordoada, passou por uma situação nada agradável agora. Vou deixar ela aqui, e vou resolver um problema rápido. Volto em dez minutos. – Disse ele me acomodando suavemente no sofá. – Mel. – Sussurrou ele no meu ouvido. – Vou avisar ao pessoal que a festa acabou e tirar aquele monte de gente da sua casa, já volto para te buscar. Por favor fique calma, eu já volto. Não vou demorar, prometo. – Completou, me deu um beijo nos lábios e se dirigiu para a porta. A mãe o seguiu.
- Daniel, eu não quero essa garota aqui em casa. – Disse a mãe dele. Eu podia ouvir tudo que eles falavam.
- Não mãe, você não. Olha, eu não sei o que deu em você e no papai hoje. Mas por favor, seja educada com a Mel. Ela é nossa vizinha, mora na cobertura. É uma garota incrível e eu realmente gosto dela. Eu preciso deixar ela aqui, por que o papai falou um monte de coisas desagradáveis, que a deixaram nesse estado que eu a trouxe para casa. Nesse momento tem um monte de convidados amigos nossos na casa dela, então eu preciso ir lá para mandar todos embora. Para que ela possa ir para casa descansar. Não sei que fantasmas estão assombrando você e o papai, mas por favor, não destrate a Melissa.
- Dani, essa menina é mesmo sua namorada? – A voz da mãe dele demonstrava desespero com essa possibilidade.
- Sim mamãe, e eu a amo demais. Então cuide dela até eu voltar.
Ouvi quando a porta da frente bateu, então a mãe dele voltou para a sala. Primeiro ela me olhou com uma certa repulsa e se retirou da sala. Então ela voltou, e como que por obrigação perguntou se eu queria beber alguma coisa. Com minha negativa, ela fez que iria se retirar, mas pensou novamente e se sentou no sofá a minha frente. Ela ficou ali sentada em silêncio. Senti que eu tinha a obrigação de quebrar o gelo, eu estava na casa dela.
- A senhora me desculpa, eu realmente não quero incomodar...
- Como você conheceu o meu filho? – Me interrompeu ela.
- No avião. Eu morava na cidade de Três coroas no Rio Grande do Sul, quando minha mãe faleceu eu vim morar no Rio. Conheci o Daniel na viagem para cá.
- Ela morreu é? – Ela não parecia ter escutado mais nada do que eu tinha dito. – Do que ela morreu? Alguma doença grave?
- Quem minha mãe? Não, ela sofreu um acidente de automóvel numa estrada no paraná.
- Será que ela sofreu?
- Os policiais me disseram que não, que foi um acidente fatal mesmo. Ela morreu na hora. – Ela pareceu ficar decepcionada ao saber que minha não sofrera ao morrer. Ficamos em silêncio por mais um tempo, e então ela perguntou.
- E seu relacionamento com meu filho. É sério mesmo? Vocês estão juntos a quanto tempo?
- Bom... – Quando eu comecei a falar a porta da frente abriu e nós duas levantamos com um salto. Ambas demonstramos um alívio enorme, ao vermos o rosto sorridente do Daniel. Ele caminhou até mim me abraçou e perguntou se eu estava bem. Fiz que sim com um aceno de cabeça. Então ele agradeceu a mãe e me levou para a saída. Quando a porta estava fechando a mãe dele perguntou.
- Você vem dormir em casa?
- Não me espere. – Respondeu ele. E fechou a porta.
Quando cheguei em casa, encontrei a Rosa ajeitando as almofadas do sofá. Ela sorriu quando me viu e veio me dar um abraço.
- Minha menina, como você está? O Seu Daniel nos disse que você passou mal na rua, eu disse para ele que é porque você não se alimenta direito. Mas agora ele vai cuidar de você, minha querida. Infelizmente eu tenho que dormir em casa hoje, prometi que cuidaria dos meus sobrinhos. Mas amanhã bem cedo, estou aqui e vou cuidar de você.
- Pode deixar, dona Rosa, eu vou cuidar dela essa noite. Nossa menina não vai ficar sozinha.
- O Senhor é um anjo. Melissa esse seu namorado é um menino de ouro. Eu vou ficar muito tranquila, sabendo que ele vai passar a noite aqui com você. – Dizendo isso ela me deu um beijo na testa e saiu para seu quartinho. Provavelmente para se arrumar para ir para sua casa. Às vezes eu esquecia que a tia Rosa tinha uma casa, uma família e que eu não fazia parte disso.
Bom, como agora eu estava na minha casa, eu não precisava mais de todos aqueles mimos. Me soltei dos braços dele e o olhei de frente. Respirei fundo e disse.
- Vou para o meu quarto agora, tomar um banho para melhorar um pouco. Depois conversamos sobre essa história de espalhar para todo mundo que eu sou sua namorada.



sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Já pensou em comprar produtos da natura sem ter que sair de casa e sem ser que esperar a data do ciclo? É possível, acesse o site:



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E boas compras!!!!!!!!!!!!!

Desculpas

Queridos leitores,
Peço mil desculpas pelo atraso no capítulo desta semana do Livro Série. Porém fiquei doente, e ainda estou me recuperando. Prometo que ainda hoje ou no mais tardar amanhã irei postar o novo capítulo fresquinho e feito com muito amor para vocês.

Beijos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!





terça-feira, 25 de agosto de 2015

Livro Série!!!!

Pessoal,
Mais um capítulo para vocês!!!!
Amoooooo Terça-feira!!!!!!!!!




Capítulo 5 - A grande confusão



- Na verdade foi meio estranho, ele me levou para casa, mas não falou muito. Eu falava o tempo todo, mas tinha a impressão de que ele não me ouvia, era como se ele não estivesse ali. E ele estava meio irritado. Então quando a gente chegou na porta da minha casa, ele simplesmente me deu tchau e virou para ir embora. Aí eu segurei o braço dele e dei um beijo nele. Ele não retribuiu o beijo sabe, mas me afastou delicadamente, acariciou o meu rosto disse que eu era uma garota muito especial, me deu um beijo na testa e foi embora.
- Tá, mas você está muito feliz, o que você acha de tudo isso.
- Ai amiga eu acho que ele não quer mais só ficar comigo, que está se sentindo culpado. Acho que ele me acha especial e que eu sou uma garota para namorar, acho que ele está confuso mas acho que ele gosta de mim.
- Sério?
- Mel, o Dani é o tipo de cara pegador. Ele não namora, ele só fica. Nunca gostou de garota nenhuma, ele curte o momento, e quando não quer mais ele simplesmente chuta ela. Ele não tem pena, sabe. O Thiago falou para mim que ele nunca se apaixonou, nunca amou nenhuma garota de verdade, mas que ele voltou de viagem dizendo que estava apaixonado. E o que aconteceu ontem para mim foi uma demonstração do conflito que está tendo dentro dele. Sabe, ele é um galinha, mas me acha uma garota especial e não quer me fazer sofrer. Mel, acho que ele gosta de mim.
- É, pode ser. Faz sentido.
- Ai amiga, eu estou tão feliz! – Disse ela me abraçando.
E fazia sentido mesmo, tudo que ela disse. Ela mais do que ninguém estava lá e viveu o momento. Quanto ao beijo que ele me deu, acabou de me dizer que ele era um pegador. Eu era nada a mais do que uma presa para ele, que deve ter ficado mais saborosa ainda pois era uma presa arisca. Mas ele já tinha me beijado, já satisfez sua curiosidade, sua vontade. Agora eu não era mais nada para ele. Pensar naquilo me deixou triste e com muita raiva, como eu pude ser tão idiota? Eu sentia nojo só de lembrar que aquele idiota tinha me beijado duas vezes. Mas eu já tinha decidido que quando ele chegasse, se realmente viesse, eu o trataria com a máxima indiferença.
Eu estava no quarto conversando com a Carol quando a tia Rosa bateu para avisar que a Vivian, a Sônia e a Amanda estavam subindo. Nós fomos espera-las na piscina. Logo depois Thiago chegou com o Gabriel, um garoto moreno com o cabelo raspado e um corpo malhado de academia.
- Oi Mel. – Disse o Thiago me envolvendo pela cintura, e me puxando para me dar um beijo no rosto e um abraço bem forte. – Pensei em você a noite toda. – Ele sussurrou no meu ouvido.
Senti meu rosto pegar fogo e me afastei sorrindo sem jeito. Nesse momento a campainha tocou, meu estômago deu um giro de 360 graus, com certeza era o Daniel.
Sei que eu já tinha decidido que não daria a menor atenção para ele, mas pensar que ele estava ali a poucos metros, me fazia ficar sem ar. “Meu Deus, que confusão eu fui me meter”. Pensei. Mas eu tinha que enfrentar tudo isso, e sair da forma mais digna possível. Se aquele Daniel achava que podia dar uma de gostosão para cima de mim, ele realmente não me conhecia.
Caminhei em direção a Vivian, para me afastar da Carol, caso o Daniel fosse indiscreto. Me posicionei de costas para a entrada da varanda, para não correr o risco de me trair e acabar olhando para ele quando entrasse.
- Podem começar a festa, chegou quem faltava! – Falou Daniel anunciando sua chegada.
Todos caíram na gargalhada. Ouvi quando a Carol deu um gritinho e quando olhei para ela, estava correndo para abraçá-lo. Neste momento ele olhou para mim e nossos olhos se encontraram, desviei o olhar e virei de costas. “ Isso não era para ter acontecido. ” Pensei.
- O Dani é demais, não é Mel. – Falou a Vivian, puxando assunto.
- Sinceramente Vi, eu acho ele meio arrogante. Sempre querendo atrair toda a atenção para si.
- Que isso, é porque você não o conhece. O Dani é a melhor pessoa que eu já conheci. Muito generoso, sempre disposto a ajudar o próximo.
- É, na verdade eu não tive a oportunidade de conhecê-lo direito. Por isso, devo ter ficado com a impressão errada.
- E nem vai ter essa oportunidade Mel. A Carol, realmente ficou com muito ciúme de você por causa da confusão de ontem. Ela não vai deixar você chegar perto do Dani nunca mais. – Falou a Vivian rindo. Ela realmente estava brincando com aquele comentário inocente, mas ele fez com que eu me sentisse culpada novamente.
- O que as mocinhas tanto conversam? – Eu simplesmente tremi quando ouvi a voz dele atrás de mim. Nesse momento o Daniel me abraçou por trás e me deu um beijo no cabelo. A Vivian me olhou com um ar de entendi tudo, e aquilo fez meu coração gelar. Me desvencilhei do seu abraço e parei ao lado da Vivian de frente para ele.
- Na verdade Daniel, estávamos falando de você. – Eu disse.
- Sério? – Perguntou ele com um sorriso que iluminava todo o rosto.
- Sim. – Continuei. – A Vivian estava me contando que a Carol ficou com muito ciúme de você comigo, por causa da sua ceninha de ontem. E você chegou bem na hora que eu ia falar para ela que esse ciúme é completamente infundado, porque você e eu não temos, nunca tivemos e nem nunca vamos ter nada um com o outro.
O sorriso dele murchou na hora, e ele me olhava com um olhar de dúvida. Parecia não encontrar as palavras para continuar nossa conversa.
- Ah, Dani. Mas pelo visto você já deixou isso bem claro para a Carol ontem. – Falou a Vivian, com um tom de cumplicidade. Indicando que já estava a par das novidades. Aquilo foi como um soco no estômago para mim.
- Eu o quê? – Perguntou o Daniel, bastante surpreso. – Vi, não importa o que eu faça. A Carol sempre entende tudo errado. Eu vou contar para você exatamente o que aconteceu ontem, e você vai ver que eu deixei mais do que claro para a Caro,l que entre ela e eu não vai rolar nada. Nunca mais.
Ele falava tudo isso com a Vivian, mas olhando nos meus olhos o tempo todo. Um olhar suplicante. Eu tinha que sair dali.
- Bom, eu vou ali falar com o Thiago. Continuem a conversa, e sintam-se em casa. – Eu disse por fim, indo em direção ao Thiago, que me recebeu com um sorriso imenso.
Eu fiquei o tempo todo ao lado do Thiago, ele era como meu porto seguro. Enquanto eu estava perto dele, o Daniel não se atrevia a chegar perto de mim. Ficava sempre me olhando de longe, com tristeza. Mas eu não iria cair naquele jogo, eu era mais forte do que aquilo.
Em alguns momentos, ele tentou forçar situações em que a gente ficasse a sós. Mas o ciúme da Carol era tanto que só me ajudava. Se eu tinha que ir na cozinha buscar bebidas, ele logo vinha oferecer ajuda. Então a Carol dizia que também iria ajudar, e por fim eu falava que era melhor os dois irem buscar as bebidas, enquanto eu recolhia o lixo. Essa estratégia estava funcionando muito bem, até aquele momento.
- Bom pessoal eu vou na dispensa buscar mais umas cervejas para pôr para gelar. – Disse eu, algumas horas mais tarde. Como essa turma bebia, eu não contava com isso.
- Eu vou te ajudar. – Falou o Daniel pela quarta ou quinta vez. Ele não desistia.
- Eu ajudo também. -  Disse a Carol prontamente. Aquilo estava ficando engraçado.
A Rosa, estava conversando com o Robson perto da churrasqueira. Eu havia feito ela prometer que iria curtir a festa e deixaria os afazeres por minha conta.
- Vão vocês dois na cozinha então, que eu vou no mercado comprar mais umas cervejas porque acho que a Rosa não contou que vocês bebessem tanto. – Disse eu rindo.
- O mercado é longe Mel, você vai de carro? – Perguntou o Daniel por fim.
- Não o James já foi embora, a Rosa dispensou ele. Vou de táxi.
- Eu posso te levar no meu carro.
- Não Daniel, a Carol precisa de ajuda. Eu vou e volto rapidinho.
Nesse momento o Gabriel veio até a gente perguntando se precisávamos de ajuda. E o Daniel foi mais rápido que eu.
- Biel, me faz um favorzão irmão. Ajuda a Carol a pegar umas bebidas lá na cozinha, que eu vou com a Mel no mercado.
- Tudo bem cara, vai lá. – Com essa eu não contava, meu coração acelerou. O Daniel pegou minha mão e saiu me arrastando, enquanto eu tentava argumentar o quanto aquilo era desnecessário. Quando eu me dei conta, já estava dentro do elevador e a porta já estava fechando.
- Posso saber o que deu em você? – Perguntou ele bravo.
- Do que você está falando?
- Do que eu estou falando? Eu estou falando de você fugindo de mim, desde a hora em que eu cheguei. Estou falando de você, agindo como se nada tivesse acontecido ontem. De você me evitando, me ignorando. Melissa, eu fui sincero com você ontem. E eu não sei para você, mas para mim o que aconteceu ontem, aqui dentro desse elevador foi verdadeiro. Então, sinceramente, eu não estou entendendo porque você está agindo assim comigo. E se você vier me dizer que é por causa da Carol...
Nesse momento a porta do elevador abriu, reconheci o mesmo homem calvo e gordo de ontem, então dei um passo para ficar atrás do Daniel, na esperança de que ele não me reconhecesse. Ele olhou espantado para o Daniel que disse:
- Oi pai!
- Oi meu filho, você não tinha ido para um churrasco. Já voltou?
- Não, só vou ali no mercado buscar umas cervejas. – Nesse momento o homem pareceu consternado.
- Daniel, esse churrasco por acaso não é na cobertura, certo?
- É sim, a propósito. Deixa eu te apresentar. – Disse ele saindo da minha frente, dando a oportunidade de o pai notar minha presença no elevador pela primeira vez. O rosto do homem ficou branco, enquanto Daniel continuava. – Pai, essa é Melissa. Minha namorada.
Eu olhei para o Daniel incrédula, porém antes que eu pudesse dizer ou pensar alguma coisa, o pai dele começou a gritar.
- Sua o quê? Daniel, eu não quero você perto dessa garota. Você não sabe quem ela é, não sabe do que ela é capaz. Fique longe dela entendeu!
Eu olhava para ele sem entender nada, eu nem sequer conhecia aquele homem. Como ele podia falar aquelas coisas de mim. Abri a boca para me defender, mas novamente o Daniel foi mais rápido. A porta do elevador abriu e o pai dele saiu andando pela garagem, e ele pegou minha mão e saiu bradando atrás do pai.

- Pai o que há com você? Como você pode falar assim da minha namorada, sem nem a conhecer.
- Ah, meu filho eu conheço. Eu a conheço muito bem, e sei muito bem do que ela é capaz. Ela e a vadia da mãe dela.
Ao ouvir isso eu comecei a chorar, como aquele homem podia falar assim de mim? E principalmente, como ele podia falar assim da minha mãe? Uma pessoa que ele sequer conhecia.